Hrubesch. ‘O andebol ensinou-me a jogar de cabeça’
Hörst Hrubesch lesiona-se em Abril de 1980 e falha a final da Taça dos Campeões pelo Hamburgo. No mês seguinte, Klaus Fischer parte a perna e abre uma vaga na selecção alemã. O seleccionador Jupp Derwall chama aquele que é conhecido como Das Kopfball-Ungeheuer, o cabeceador bestial. Na final do Euro-80, a RFA ganha 2:1 à Bélgica. Dois golos de Hrubesch, o último de cabeça aos 88 minutos.
O jogo de cabeça é um dom natural ou aperfeiçoa-se?
Sem a prática, não vais a lado nenhum. Por muito talento que tenhas, é sempre necessário praticá-lo.
No seu caso…
Durante a minha infância e adolescência, dividi-me entre o futebol e o andebol. Um dia, tive de me decidir. Gostava mais do futebol e o andebol só me pagava o bilhete de comboio, por isso fui para avançado-centro.
E o jogo de cabeça?
No andebol, temos de estar sempre um passo à frente do adversário e até dos nossos companheiros, somos como que obrigados a saber onde vai cair a bola para agarrar nela no ar e atirá-la com toda a força para a baliza. Simplesmente adaptei isso ao futebol. Na final do Euro-80, eu estava lá no sítio certo onde a bola pingou. Foi um canto do Karl-Heinz [Rummenigge].
in jornal i, Jun 2012