Great Scott #443: Único homem a ganhar títulos europeus nos dois Estádios da Luz?

Great Scott Mais 12/20/2021
Tovar FC

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Great Scott #443: Único homem a ganhar títulos europeus nos dois Estádios da Luz?

Otto Rehhagel

Até nem é um desafio muito exigente. Na história da Luz antiga, só há quatro finais: a do Euro sub18 em 1961 (Portugal), a da Taça UEFA 1983 (Anderlecht), a do Mundial sub20 em 1991 (Portugal) e a da Taça das Taças 1992 (Werder Bremen). No currículo da nova Luz, a final do Euro-2004 (Grécia) e a da Liga dos Campeões-2020 (Bayern).

E agora, quem é o sortudo, quem é?

(…)

Otto Rehhagel, pois claro. O homem levanta a Taça das Taças 1992 com um Werder Bremen de ataque puro. Na época anterior, dera 5:1 ao Nápoles de Maradona na Taça UEFA e só é travado pela regra dos golos fora vs Fiorentina de Baggio na ½ final. Vencedor da Taça da Alemanha 1991, Rehhagel acumula cinco vitórias seguidas na Taça das Taças vs Bacau (6:0, 5:0), Ferencvaros (3:2, 1:0) e Galatasaray (2:1).

Segue-se empate a zero em Istambul e derrota por 1:0 em Brugge. Quinze dias depois, em Bremen, 2:0 por Bode e Bockenfeld. A final é um passeio, o Monaco de Wenger (mais a dupla Weah-Rui Barros) nem faz cócegas. Klaus Allofs e Winston Rufer fixam o 2:0 numa final insossa, sem público por aí além para um estádio com capacidade para 120 mil pessoas.

Passam-se uns anos, vira-se o século e eis Rehhagel de olho na nova Luz, agora numa competição de selecções, ao serviço da insuspeita Grécia. Na qualificação para o Euro, a Grécia perde os dois primeiros jogos (Espanha mais Ucrânia) por duplo 2:0. Rehhagel acerta a táctica e, pasme-se, a Grécia ganha todos os outros seis jogos sem sofrer qualquer golo com quatro 1:0 consecutivos, um dos quais vs Espanha em Saragoça. Capricho do sorteio da fase final, Grécia no mesmo grupo da Espanha. E de Portugal. E da Rússia.

Resultado, a Grécia acumula 1 X 2. Isto é, ganha 2:1 vs Portugal, empata 1:1 vs Espanha e perde vs Rússia por 2:1. Apurada em segundo lugar, apanha a França. Um golo de Charisteas no José Alvalade arruma a campeã europeia em título. Seis dias depois, a cativante República Checa é eliminada no Dragão com um golo do central Dellas no prolongamento (105’+1). Eis a Grécia na final, vs Portugal. É a repetição do jogo de abertura.

E a Grécia repete a vitória, por obra e graça de Charisteas. Doze anos depois, Rehhagel convive com o sucesso na Luz. Agora à base de um futebol defensivo, nada a ver com o do Werder Bremen 1992.

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