Great Scott #550: Primeiro a jogar nas 5 principais ligas europeias (Espanha, França, Itália, Inglaterra e Alemanha)?
Raducioiu
Número 9 da Roménia no inesquecível Mundial-94, Raducioiu assina dois bis nos EUA, vs Colômbia (fase de grupos) e Suécia (1/4 final). Por essa altura, Florin já é um craque consagrado. Aliás, chega à concentração da selecção romena como campeão europeu de clubes, ao serviço do Milan – embora falhe a final vs Barcelona, aquele lendário 4:0 em Atenas, o avançado faz parte da campanha e até marca um golo ao FC Porto, no Giuseppe Meazza.
Antes, muito antes, já é um cromo do futebol romeno como ponta-de-lança do Dínamo Bucareste, vencedor do campeonato e da Taça da Roménia em 1990. A dobradinha é festejada com pompa e circunstância no dia 2 Maio, com um hat-trick vs Steaua na final dos dez golos (6:4) e com 20 dos 22 em campo entre os convocados da Roménia para o Mundial desse ano, em Itália.
É precisamente em 1990 e em Itália que tudo começa, num Bari vs Torino. Até final da época, mais quatro golos, o último dos quais em Milão, vs Inter (5:1). Na época seguinte, já aparece no Verona e só marca duas vezes. Em 1992-93, Raducioiu vai para o Brescia e vive uma época estratosférica ao lado do compatriota Hagi. Ao todo, 13 golos – tantos quanto Papin e Van Basten, ambos do Milan. Pois bem, Milan é o seu próximo destino. Sem Van Basten, lesionado para sempre, Raducioiu não encontra espaço no onze por força do crescimento de Massaro e só marca duas vezes, vs Atalanta (2:0) e Torino (1:0).
Com o tal Mundial-94 à porta, Raducioiu escolhe Espanha para mudar de ares. O Espanyol de Camacho dá-lhe asas e a dupla Lardín/Raducioiu assina 21 dos 50 golos na Liga. Na época seguinte, a sua influência é enorme nas três primeiras jornadas, com quatro golos, e depois diminui de intensidade por culpa de uma lesão. Chega o Euro-96 e a Roménia é uma sombra de si própria. Ainda assim, Raducioiu marca o único golo da selecção e nem segue viagem para fora de Inglaterra. A sua nova casa é em Londres, ao serviço do West Ham, ao lado de figuras incontornáveis do jet-set futebolístico como Bilic, Lampard e Futre.
Seis meses bastam-lhe para arrepiar caminho, de volta ao Espanyol. Nesse meio ano, três golos (o primeiro de todos a Schmeichel, em Upton Park, como suplente) e infinitas confusões com o treinador Harry Redknapp. Segue-se Alemanha em 1996-97 num Estugarda cheio de craques, entre Berthold, Balakov e Bobic. A sua estreia goleadora é logo à 3.ª jornada, em Duisburgo, novamente como suplente. O registo manter-se-ia no país em falta, com a camisola do Monaco, em 2001. Substituto de Simone, com quem dividira balneário no Milan, o romeno só demora quatro minutos a encontrar o caminho da baliza do Metz, goleado sem apelo nem agravo por 6:1 – nessa noite, o 7 do Monaco é Costinha.
A série top 5
16 Set 1990 Bari vs Torino
4 Set 1994 Espanyol vs Oviedo
8 Dez 1996 West Ham vs Man United
23 Ago 1997 Duisburgo vs Estugarda
3 Fev 2001 Monaco vs Metz