Great Scott #561: Último jogador a ganhar duas finais olímpicas seguidas?

Great Scott Mais 06/13/2022
Tovar FC

author:

Great Scott #561: Último jogador a ganhar duas finais olímpicas seguidas?

Mascherano

Mil-nove-e-noventa-e-seis. Começa aí a aventura. A Argentina é uma das candidatas com Bossio, Zanetti, Almeyda, Ortega, Crespo, Claudio López, Gallardo e ainda os três maiores de 23 anos (Chamot, Sensini e Simeone). Na fase de grupos, vitória por 3:1 vs anfitrião EUA na estreia e dois empates, ambos 1:1, o primeiro dos quais vs Portugal, com um implacável Simeone a lesionar Costinha (entra Nuno Espírito Santo aos 39’).

Nos ¼, bis de Crespo no 4:0 vs Espanha. Três dias depois, a 30 Julho, outro bis de Crespo, vs Portugal (2:0). A Argentina já está na final, à espera de adversário. Menos de 24 horas, o Brasil adianta-se ao intervalo por claro 3:1. Na segunda parte, a Nigéria empata 3:3 por Ikpeba e Kanu, este ao cair do pano. No prolongamento, golo de ouro de Kanu. A final é inédita, o vencedor também. Pela primeira vez, uma selecção africana levanta a taça.

Cláudio López abre o marcador, Babayaro empata. Crespo desata o nó, de penálti. Amokachi empata. No minuto 90, livre lateral para a Nigéria. Quando a bola sai, toda a Argentina avança para o fora-de-jogo. Erro. Amunike, do Sporting, vem de trás e faz o 3:2 definitivo. É a loucura. A Argentina contenta-se com a medalha de prata e o sonho do título é adiado por mais quatro anos.

Ou mais. No pré-olímpíco da CONMEBOL para 2000, a Argentina cai aos pés do Chile no último dia (0:1 em Londrina, no Brasil) É a selecção de Pekerman com Aimar, Saviola, Duscher, Cambiasso, entre outros. O regresso da Argentina aos Jogos Olímpicos acontece em 2004, na Grécia – o Brasil falha, dessa vez, e à conta do Paraguai. Já é Marcelo Bielsa o dono do pedaço. E que pedaço: Mascherano, Lucho, D’Alessandro, Tevez, Saviola, entre outros.

A abrir, só para início de conversa, 6:0 vs Sérbia (bis de Tevez). Seguem-se duas vitórias menos expressivas (Tunísia 2:0, Austrália 1:0) para seguir em frente como primeiro classificado do grupo C. Nos ¼, a Costa Rica não é tida nem achada e apanha 4:0, hat-trick de Tevez. O mesmo se aplica à Itália na ½ final, com Tevez, Lucho e Mariano González (3:0). Na final, o Paraguai joga com um craque maior lá no meio: chama Gamarra, capitão e tudo. Sim, à Argentina basta-lhe Tevez. Um-zero aos 18 minutos e fecha a loja. No onze dessa final, o número 5 é Mascherano.

Quatro anos depois, em 2008, a Argentina acompanha o Brasil como dignos representantes da América do Sul em Pequim. Já é a Argentina de Batista, com Garay, Zabaleta, Gago, Riquelme, Banega, Lavezzi, Messi, Agüero, entre outras figuras do nosso contentamento. Que festival de craques, é uma cena do além. Na fase de grupos, nove pontos em três jogos vs Costa do Marfim (2:1), Austrália (1:0) e Sérvia (2:0).

Nos ¼, Di María arruma a Holanda após prolongamento. Na ½, o Brasil leva três-secos por Agüero, Agüero e Riquelme (penálti). A final é vs Nigéria. O fantasma de 1996 está presente, bem presente. Aos 58 minutos, um chapéu de aba larga de Di María dá expressão à superioridade técnica da Argentina, 1:0 e fim de papo. Na festa do título, todos querem tocar na taça. Seja o número 5 Gago, 15 Messi, o 16 Agüero, o 10 Riquelme, o 11 Di María ou o 14 Mascherano.

Ah pois é, Mascherano volta a estar presente no onze da final. Incrível, e verídico. Na altura, já Mascherano é uma figura sempre presente no Liverpool, já depois de se ter sagrado campeão brasileiro pelo Corinthians em 2005.

Nota: o húngaro Dezsö Novák é o primeiro a jogar em duas finais olímpicas (1964, 1968)

Leave a comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *